A colheita do sorgo é feita entre julho e agosto na região, e no período choveu bem acima do esperado.
O engenheiro agrônomo da Emater, Marconi Borges, explica que se estiver tarde para plantar outra cultura e sobrou área, o sorgo é uma alternativa para garantir uma renda entre R$ 300 e R$ 500 por hectare. E também é uma saída quando o solo ainda não está preparado para receber culturas mais exigentes.
– Quando você tem uma área recém aberta e planta uma cultura como soja ou feijão de verão, não dá ainda para você entrar logo em seguida com milho, porque o milho é muito mais exigente do que o sorgo. Ai você entra com sorgo, e como é uma planta mais rústica, ela consegue produzir razoavelmente no lugar que o milho não produziria nada – diz.
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No entanto, ele diz que o produtor não pode colocar na balança o mercado na hora de decidir o que plantará, porque ele afeta da mesma forma milho e sorgo.
– Como as duas plantas são alimentos energéticos, quando o preço do milho, cai o preço do sorgo cai junto, porque ele tem 70%. O preço dele vai variar daí, para um pouco menos em relação ao preço do milho – afirma.