No futuro, análises de mercado pecuário serão via satélite

Informações irão ampliar análises de mercado via satélite e ajudar o mercado estimar a produção de carne em cada temporada e para os pecuaristas avançarem no planejamento.O Rally da Pecuária deve ajudar para que o futuro dos produtores fique mais fácil. O evento, que percorre as principais regiões produtoras para troca de experiências, tem recolhido informações para um banco de dados que, no futuro, vai ampliar as análises de mercado via satélite.

Fonte: Canal Rural

Os técnicos do Rally da Pecuária verificam todos os tipos de situações, fazem uma entrevista completa com o pecuarista ou com o gerente da fazenda, depois entram no pasto e usam uma metodologia bem definida. Marcam no GPS, tiram fotos para identificar o tipo de capim, analisam uma área de 28 metros quadrados, coletam amostras, contam o número de plantas invasoras e até a quantidade de cupinzeiros e de placas de fezes.

– As plantas invasoras e o cupinzeiro a gente tem uma noção do manejo e um pouco da qualidade daquela forragem, e as placas de fezes é para no futuro fazer uma correlação entre placas de fezes e o numero de animais que passaram por aquele piquete com isso a gente vai conseguir daqui a alguns anos estimar o rebanho que está vindo, afirmou Ricardo Nissen, médico veterinário.

Para o pesquisador de sensoriamento, Fabio Gonçalves, os dados coletados junto com as técnicas de sensoriamento remoto no laboratório, no escritório, os satélites têm trazido a cada ano informações mais detalhadas.

– A gente espera que isso seja possível em algum ponto fazer estimativas bem precisas de biomassa nas pastagens no Brasil inteiro por sensoriamento remoto, mas é bom deixar claro que independente da evolução que a gente tenha no sensoriamento remoto a gente sempre vai precisar de dados de campo como o Rally da Pecuária vem fazendo nos últimos anos visitas as propriedades e coleta de dados em sito para poder fazer a calibração dos dados remotos e a validação das estimativas produzidas por satélites.

O monitoramento mais preciso das pastagens pode ajudar a evitar erros como o que ocorreu na fazenda do gerente Fredson Rosa de Paula.

– A gente gradeou mas acho que erramos no capim, tem que trocar o capim dependendo do solo,  onde o solo fica muito úmido ele cozinha a raiz do capim né. Então temos que achar o capim adequado para esse tipo de questão.