– Por mais que o PIB tenha vindo em linha com o esperado pelo mercado, houve uma indicação nas entrelinhas de que ocorreu uma melhora no consumo das famílias norte-americanas. Isso fortalece o argumento para que o Fed (o banco central dos EUA) inicie o processo de aumento de juros do país já em setembro – diz Jefferson Luiz Rugik, diretor de câmbio da Correparti Corretora.
Rugik destaca ainda que um fluxo de saída em volume expressivo durante a tarde também fez com que a divisa norte-americana se valorizasse ante o real. Já Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio, afirma que fatores internos de correção e acomodação também influenciaram o movimento de alta do dólar.
– O mercado parece tentar se reajustar, voltando ao patamar de R$ 3,10, que aparentemente agrada tanto ao Banco Central quanto ao próprio mercado em geral – diz Galhardo.
No mercado futuro, o contrato do dólar com vencimento em julho avança 0,76% a R$ 3.108,00.
Perspectiva
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Para amanhã, Galhardo destaca que o mercado seguirá atento a um eventual desfecho em relação às negociações da Grécia com os credores. Além disso, a agenda econômica dos Estados Unidos, com dados sobre a renda e os gastos pessoais do mês de maio, também podem interferir.
– Continuaremos focados nos dados americanos e no desenrolar da questão grega. Se o assunto for definitivamente solucionado, pode haver uma melhora geral de humor, tirando a pressão do mercado – diz o gerente de câmbio da Treviso.
Commodities
Na Bolsa de Chicago, milho e soja fecharam em queda. Na Bolsa de Nova York, as cotações do café subiram mais de 3%, enquanto a colheita avança no sul de Minas Gerais.
