O nível elevado dos estoques mundiais de açúcar e o período de safra no Brasil provocaram uma baixa de 30% no preço do produto logo nos primeiros dias de julho.
As cotações domésticas do açúcar tiveram queda de 5,85% em junho, em relação ao mesmo período do ano passado. Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, apontaram que até o dia 26 do mês passado, o mercado de são paulo registrou média de R$ 51,20, queda de 2%.
– O Brasil é um país que nessa época do ano nós temos a maior força de produção de açúcar do centro-sul, principalmente aqui no estado de São Paulo, Minas, Paraná. Então a força de produção é grande neste momento, e é por isso que existe uma queda – diz o vice-presidente executivo da Raizen, Pedro Mizutani
Mesmo com a melhora de liquidez em junho, a demanda pelo produto no mercado está baixa. Segundo o relatório do Cepea, o volume de açúcar negociado no acumulado desta safra e menor que do registrado no mesmo período do ano passado.
Baixa no preço do produto também tem sido atribuída ao excesso de oferta no mercado mundial. Os preços do açúcar na bolsa de Nova York seguem pressionados.
– O que a gente enxerga é que alguns países importantes produtores vêm se favorecendo de políticas de subsídio à produção, em especial Tailândia e Índia. Não existe uma reação da produção aos preços. A produção deveria ser menor, quando o preço é menor – afirma o presidente conselho Copersucar, Luis Pogetti.