A umidade dos grãos de milho que estavam prontos para ser colhidos no centro-norte do Paraná, região de Itambé, deve gerar perdas acentuadas de qualidade às lavouras. Tem chovido na área cerca de 280 milímetros, sendo que a média diária é de 100 mm. Com isso, os grãos ficaram ardidos e a já é esperada perda de 10% na produtividade estimada.
O produtor rural Valdir Fries contou ao Mercado & Cia que choveu muito nas lavouras de milho e teve até granizo.
– As chuvas não tem parado, são constantes. No decorrer de todos mês de julho tem sido assim – diz Fries.
O tipo de solo em que o produtor planta é o solo roxo, onde se tira argila, assim, as chuvas constantes compactam a terra, concentrando umidade. Os ventos também são um fator que contribui para as perdas na colheita e as chuvas fazem com que a máquina não consiga recolher os grãos, que, uma vez ardidos, valem um preço menor.
– Somadas as chuvas e previsões do quem vem pela frente, 10% da produção estimada está perdida – calcula o produtor.
Segundo ele, o percentual de perda se dá em lavouras que estavam prontas para ser colhidas e que terão a qualidade fortemente atingida. Além das chuvas, que deixaram algumas lavouras inundadas, o acamamento das plantas também preocupa.
Seguro
Fries não tem seguro das suas lavouras de milho. Segundo o produtor, não vale a pena.
– O custo é alto e é baixo o percentual de indenização – reclama.
Conforme ele, é preciso um índice de perda de 50% para recorrer ao seguro. E o que geralmente ocorre são perdas menores, como a situação atual, entre 10% e 15%.
– Prefiro não fazer seguro, para mim não compensa.