De acordo com Giannetti, o código de conduta é uma forma de adequar o setor ao termo de ajuste de conduta proposto pelo Ministério Público do Pará e pelo Ministério do Meio Ambiente, que proíbe a comercialização de carne de animais provenientes de áreas desmatadas.
O executivo da Abiec disse que atualmente é impossível controlar toda a cadeia produtiva da carne e identificar animais oriundos de áreas clandestinas. Isso porque, ressaltou, 30% do gado abatido no país é clandestino.
Neste momento, assinalou Giannetti, o setor não tem condições de assinar o termo de ajuste de conduta e, por isso, optou pelo código. Ele ainda criticou o governo e o ministro Carlos Minc, que “teria falado muito e feito pouco pelo setor”.
A primeira experiência de gado rastreado, desde o nascimento até o abate, está sendo iniciada em Mato Grosso do Sul, informou Gianetti. A partir da implantação desse sistema, acrescentou, será possível identificar a origem de todos os animais abatidos no país.
A declaração do presidente da Abiec foi feita durante audiência pública no Senado Federal, que deveria para debater a decisão de algumas redes de supermercados de suspender a compra de carne vinda de áreas desmatadas da Amazônia. A medida foi tomada após recomendação do Ministério Público do Pará, que investiga a atividade pecuária na floresta. O problema é que nem os ambientalistas e nem os procuradores da justiça compareceram ao Senado. A ausência fez com que a Comissão de Agricultura decidisse ir ao Estado do Pará no dia 2 de julho para promover um debate mais amplo.
? Apenas depois de formar um juízo de valor acerca do que ouvimos nesse momento é que poderemos delimitar as ações que esta comissão poderá tomar ? concluiu o presidente da Comissão de Agricultura do Senado, Valter Pereira.