O compromisso foi proposto pela rede de supermercados Wal-Mart. Vinte presidentes e diretores dos maiores fornecedores da rede assinaram o documento. Entre as metas está reduzir o uso de sacolas plásticas e estimular as vendas de produtos sustentáveis. Entre os empresários, estavam representantes dos frigoríficos Bertin, Marfrig e Jbs-Friboi.
O Wal-Mart e outras duas redes supermercadistas suspenderam a compra de carne do Pará no início do mês após a divulgação de um relatório do Greenpeace que apontou que o produto provinha de áreas desmatadas. Agora, a empresa está fazendo novas exigências para retomar os negócios.
A exigência do Wal Mart no caso da carne bovina é que os fornecedores contratem uma auditoria independente e de reconhecimento internacional para garantir que o produto não vem de área de desmatamento. Além disso, a empresa passou a exigir a Guia de Trânsito Animal (GTA), anexada a nota fiscal do fornecedor. Os frigoríficos vão ter 30 dias para apresentar suas propostas e, em até 90 dias, os laudos das auditorias vão ter que ser mostrados para que a compra seja efetuada.
A empresa já encaminhou aos frigoríficos uma lista com as empresas de auditoria que devem ser contratadas. No caso das pequenas e médias indústrias de carne, será preciso recorrer aos bancos e ao governo.
O presidente do Marfrig, Marcos Antônio Molina dos Santos, admitiu que ter a rastreabilidade total de cada animal abatido é muito difícil, mas não impossível. Hoje o frigorífico anunciou um acordo com o governo do Mato Grosso se comprometendo a não comprar, abater ou vender gado originário de áreas do bioma amazônico que tenham sido desmatadas.
No encontro, a diretora do grupo Bertin disse que a empresa já utiliza um sistema eficiente de rastreabilidade.