Instituto Agronômico de Campinas completa 122 anos

Instituição inaugurou o novo Laboratório de Análise Química de Fertilizantes e de ResíduosNo aniversário de 122 anos do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) foi apresentado o novo Laboratório de Análise Química de Fertilizantes e de Resíduos. Com a ampliação e reforma do laboratório, quem ganha é a produção rural. A nova instalação também vai facilitar o trabalho do ministério da agricultura.

O laboratório já analisa fertilizantes e resíduos desde 2004, mas agora as instalações estão mais modernas. Todas as salas passaram por reformas. Como o fertilizante tem um grande impacto no custo de produção, as informações que saem do IAC facilitam a vida do agricultor.

Como o produtor rural pode saber se as informações do rótulo de fertilizantes são corretas? Se as quantidades de nitrogênio, PH do produto e micronutrientes escritas na embalagem são verdadeiras?

As respostas podem vir do laboratório, que vai se tornar o único público do país credenciado no Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) para avaliar amostras de fertilizantes e resíduos. Benefício para os agricultores e para as indústrias, porque antes do Ministério da Agricultura conceder o registro do produto, o fertilizante precisa passar por um ano de avaliação, que pode ser feita aqui. O laboratório também vai facilitar a exportação do produto. E agora, reformado, ele segue o padrão internacional.

? Então, para quem precisa exportar, ele vai estar acompanhado de um laudo de análise de um laboratório que pode ser aceito internacionalmente. Para o consumidor, eles vão contar com um laboratório credenciado no Ministério que é capaz de conferir a garantia dos nutrientes que estão no rótulo do fertilizante para que o produtor possa fazer a aplicação adequada do produto que ele está comprando ? diz a pesquisadora Aline Coscione.

Com a grande variedade de fertilizantes no mercado, a pesquisadora conta que já viu resultados com informações que conferiam com o rótulo, outras no limite de aceitação e algumas totalmente inaceitáveis. Para este último caso, ela explica o que o produtor pode fazer:

? Obviamente, além de deixar de comprar o fertilizante, de pedir a troca junto à empresa, o produtor ele pode informar o Ministério e pedir uma fiscalização daquela empresa.

Em torno de 30 análises de fertilizantes e 300 de resíduos por mês são realizadas atualmente. A nova instalação vai permitir que o laboratório, por exemplo, passe a avaliar 150 amostras de fertilizantes por mês.

No processo, assim que a amostra chega, vai para a sala de balanças, onde é pesada. No equipamento é possível verificar a quantidade de nitrogênio, mas o resultado final vem através deste número. O cálculo é passado para o computador e em dois dias e o produtor recebe as informações. O custo para o agricultor varia de acordo com a análise, desde as simples até as mais modernas. Um valor entre R$ 70 e R$ 270. O produtor levar a amostra ao local ou enviar pelo correio.

? Isso aí vai fazer com que o produtor economize muito na aplicação do seu fertilizante no solo. Impedindo até a superdosagem que também pode ser prejudicial a lavoura ? afirma o diretor do IAC, Marco Antônio Zulo.

Análise que reduz custo e mostra precisão ao agricultor.

? Vamos poder analisar isso e dizer ao produtor “olha pode usar isso aí e consequentemente um pouco menos do adubo químico” ou “não usa isso e só o químico” e, ao mesmo tempo, dizer “olha você está comprando este fertilizante e você está recebendo isso mesmo” e não correr o risco do sujeito comprar uma coisa e receber outra ? afirma o secretário de Agricultura de São Paulo, João Sampaio.