A colheita da safra de café 2015/2016 atingiu 79% da área plantada na semana encerrada na segunda, dia 11. O resultado representa um atraso em relação ao mesmo período do ano passado, quando 89% do total estava colhido. As informações são da consultoria Safras & Mercado.
No período foram colhidas 39,58 milhões de sacas de 60 quilos, um avanço de 8 pontos percentuais (pp) ante a semana anterior.
Segundo o analista de Safras & Mercado, Gil Barabach, os trabalhos ganharam ritmo, com a colheita de árvore entrando na reta final em boa parte das regiões, ficando apenas a colheita de varreção.
Ele afirma que o clima seco tem favorecido os trabalhos, não só de colheita, como também de beneficiamento. Os produtores continuam reclamando da necessidade de uma quantidade maior de litros de café em coco para uma saca de beneficiado, o que caracteriza a “quebra de renda”.
Rondônia já encerrou os trabalhos, embora registre a menor produção entre os estados que tem a cafeicultura como um setor relevante (1,6 milhão de sacas). Em seguida aparece o Espírito Santo (90% das 14,1 milhões de sacas projetadas), que está atrasado em relação ao ano anterior (95%).
Minas Gerais, o maior produtor de café do país, colheu 59% das 25 milhões de sacas previstas, também abaixo do ano anterior (80%).
Comercialização
Em relação à comercialização da safra 2015/2016, a Safras & Mercado apurou que 37% da produção foi vendida até o final de julho, o que representa 18,41 milhões de sacas.
O resultado representa um atraso em relação à média dos últimos cinco anos (31%) e está levemente abaixo do registrado na temporada passada (38%).