O aumento das exportações, impulsionado pela desvalorização do real e pela abertura de novos mercados, deve elevar a produção de carne de frango no Brasil em 3,8% no próximo ano, para 13,5 milhões de toneladas, ante 13 milhões de toneladas em 2015, estimou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Em relatório anual sobre a produção do setor, o USDA aponta que o consumo interno também deve sustentar a produção brasileira e avançar no período. A atual crise econômica no País reduz o consumo de carne bovina e direciona a demanda para proteínas mais baratas, como a de aves, aponta o USDA.
Sobre as exportações, o departamento cita que o recente surto de gripe aviária em importantes produtores globais, como os Estados Unidos, abriu espaço para o Brasil, que segue livre da doença. O Brasil está habilitado a exportar para 158 países atualmente, mas 70% do volume embarcado está concentrado em apenas 10 nações.
Entre outros países, o USDA aponta México, Chile e Cuba como importantes mercados para o Brasil ampliar sua participação no próximo ano. Apenas para o México o potencial de exportação é de 200 mil toneladas por ano, devido à lacuna deixada pela gripe aviária nos Estados Unidos. Paquistão, Malásia e Mianmar representam juntos um potencial de 50 mil toneladas anuais.
Sobre os custos de produção, o USDA estima uma queda entre 3% e 4% devido à previsão de preços estáveis e aumento da oferta de grãos. Atualmente, segundo a análise, produtores estão enfrentando altas extraordinárias como os custos inflacionados da energia elétrica e do frete.