Os maquinários devem beneficiar, inicialmente, 63 agricultores de Catuti e de mais seis municípios da região, que fazem parte do projeto Retomada do Algodão no Norte de Minas Gerais. São produtores como Sebastião Marco Ferreira, que é um estreante no programa.
? Com esses dois tratores, três que vão chegar para nós, já ganhamos um, eu acho que vai melhorar para nós um pouco. Porque, antes desse trator, nós pagávamos muito caro. A hora do trator grande era R$ 100,00 para poder gradear e subsolar; e R$ 50,00 para plantar e nivelar a terra. Tudo era mais caro ? afirmou Ferreira.
Alguns já pensam em ampliar as lavouras, como o agricultor Domingos Barbosa de Souza.
? A gente acha que, cada vez mais, vai melhorar. Esses maquinários chegam para a gente plantar algodão. Eu plantei três hectares este ano, quero ver se completo mais 10 hectares ? disse Souza.
Agora os produtores sonham com uma Usina de Beneficiamento. Segundo o produtor Rodrigo Camargo Costa, há projetos para que uma seja instalada na região, o que reduziria os custos com transporte. Enquanto o sonho não é realizado, ele faz o cálculo para a próxima safra: vai gastar em torno de R$ 5 mil para transportar o algodão até a usina mais próxima, que fica a 400 km da propriedade.
? Esse transporte é dobrado, porque tem que levar lá e voltar com o caroço, que é usado na alimentação do gado. Se tivesse uma usina na região, barateava em torno de 10% a margem de lucro para o produtor ? concluiu Costa.