A colheita de café arábica da safra 2015/2016 está sendo finalizada na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. É consenso entre agentes consultados pelo Cepea que, em praticamente todas as regiões, parte dos lotes é de grãos miúdos. Isso ocorreu devido a uma forte estiagem no período de “enchimento” dos grãos. Como consequência, têm sido necessários mais grãos para se encher uma saca. Alguns lotes também devem ter o critério bebida prejudicado como resultado das chuvas entre junho e o início de julho, quando estavam secando no terreiro.
Em entrevista ao Mercado e Companhia esta semana, o presidente da Cooperativa de Cafeicultores de Três Pontas (MG), Francisco Miranda, adiantou que, como as safras 2015 e 2015 foram prejudicadas pela seca, este ano o “Sul de Minas não terá peneira alta para café”. O mercado externo exige grãos “graúdos”, dimensionados na peneira de 17 para cima.
Colheita
Com relação à colheita da safra 2015/2016, a Safras e Mercado informou que, até o dia 8, 95% do café foi recolhido, um atraso ante o mesmo período do ano passado, quando 99% da safra estava colhida. O resultado da atual temporada está abaixo da média dos últimos cinco anos (96%).
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Foram colhidas 47,79 milhões de sacas de 60 quilos até a última terça. De acordo com a consultoria, a estimativa da safra total (50,4 milhões de sacas) é anterior ao início da colheita, não refletindo os problemas de granação e de “quebra de renda”.
Comercialização
A Safras e Mercado divulgou ainda que a comercialização da safra 2015/2016 está em 44% da produção total estimada, o que equivale 22,33 milhões de sacas. No mesmo período do ano passado, também foram registrados 44%, enquanto a média dos últimos cinco anos é de 39%.
Segundo o analista de Safras & Mercado Gil Barabach, o repique na bolsa de Nova York e a disparada do dólar fez as cotações do café subirem acima de R$ 500 a saca para as melhores bebidas ao longo do último mês de agosto, o que trouxe o vendedor ao mercado e garantiu uma melhora no fluxo comercial.
