Impulsionada pelo aumento da demanda externa pela carne de frango, a produção de ração animal no Brasil deve fechar o ano com alta de 3,2%, ante 2014. A estimativa é do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) que prevê produção total de 67,1 milhões de toneladas no encerramento de 2015. Se confirmada, a alta do acumulado do ano deverá superar o avanço registrado no primeiro semestre quando 32,2 milhões de toneladas de ração foram produzidas, alta 2,2% em relação ao mesmo período de 2014.
No primeiro semestre do ano, a produção de rações para aves foi de 18,7 milhões de toneladas (+3,4%). Apenas para frango de cortes foram 16,1 milhões de t (+5,4%). Já para poedeiras houve queda, para 2,6 milhões de toneladas (-7,7%). Segundo o sindicato, o recuo ocorreu por causa da diminuição do alojamento de matrizes em produção. “Nesse período, a rentabilidade do produtor deteriorou-se porque o preço médio do ovo recuou 3% em relação ao valor verificado no primeiro semestre do ano passado”, diz a nota do sindicato.
A produção de ração para bovinos registrou recuo no período de 3,7%. No primeiro semestre de 2015, 3,8 milhões de toneladas foram produzidas para o segmento, ante 3,9 milhões de toneladas em igual intervalo em 2014. Segundo o Sindirações, o retrocesso das exportações e a interrupção da atividade de diversos frigoríficos prejudicaram o desempenho. A produção de ração apenas para gado de corte foi de 1,24 milhão de toneladas (-5,5%) e para gado leiteiro somou 2,5 milhões de toneladas (-2,7%).
A recuperação das exportações da carne suína e a maior procura do consumidor por causa do alto preço da carne bovina potencializaram os abates e aumentaram a demanda pela ração. Para o segmento, 7,4 milhões de toneladas (+2,9%) foram produzidas no primeiro semestre deste ano.
O levantamento e a perspectiva do Sindirações incluem ainda a produção de rações para os segmentos de cães e gatos, equinos, aquacultura e outros.