Neste final de semana foi confirmado o primeiro caso de mormo na localidade de Pedreiras, em Alegrete, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. No sábado, dia 19, um exame de maleína, para detectar a presença da doença em equínos, apresentou resultado positivo em uma égua do município.
O animal, que pertence a um produtor rural do município, estava isolado há cerca de dois meses e, nesta semana, vai passar por um exame patológico antes de ser sacrificado.
No Rio Grande do Sul, o risco de contágio do mormo levou pelo menos 118 prefeituras a cancelarem os desfiles farroupilhas em 2015, segundo levantamento divulgado pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).
O mormo (ou lamparão) é uma doença infectocontagiosa dos equídeos, causada pela bactéria Burkholderia mallei, que pode ser transmitida ao homem e também a outros animais.Os sintomas mais comuns são a presença de nódulos nas mucosas nasais, nos pulmões, gânglios linfáticos, catarro e pneumonia. O mormo não tem cura, não tem vacina e os animais que contraem a doença precisam ser sacrificados.
Preocupação
A confirmação preocupa o Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Rio Grande do Sul (Simvet/RS). A doença é altamente contagiosa e pode também atingir os humanos, já que se trata de uma zoonose. A presidente do Simvet/RS, Angelica Zollin, afirma que além dos prejuízos que o mormo acarreta, existe a possibilidade de mais animais virem a apresentar sintomas da doença, embora não obrigatoriamente isso aconteça. Segundo a dirigente, de acordo com informações da regional de Alegrete da Secretaria de Agricultura e Pecuária do Estado, nenhum outro cavalo tem suspeita de mormo na região.