BNDES aprova condições para Prorenova 2015, no valor de R$ 1,5 bilhão

Prazo para contratação vai até 31 de dezembro

Fonte: Suelen Farias/Canal Rural

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou as regras gerais do Prorenova 2015, anunciado inicialmente com o Plano Safra 2015/2016, em junho. Com montante total de R$ 1,5 bilhão, metade do volume disponibilizado no ano passado, a instituição informou que os recursos podem contribuir para a renovação de 400 mil hectares de canaviais. O prazo para contratação vai até 31 de dezembro.

O limite financiável passou de R$ 6,5 mil por hectare no ano passado para R$ 7 mil por hectare. Em relação às condições financeiras, o teto de financiamento é de R$ 150 milhões por grupo econômico. Para contratações de até R$ 20 milhões, a taxa de juros será composta por TJLP mais 1,5% ao ano, acrescida de intermediação de 0,1% para pequenas e médias ou de 0,5% para grandes empresas, com remuneração do agente negociador de até 1,7%. Acima disso, os juros serão corrigidos pela Selic, mais 1,2% para o BNDES. Neste caso, não há alterações na intermediação, e a remuneração do repassador é livre.

Na última terça, dia 22, o chefe do Departamento de Biocombustíveis do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Carlos Eduardo Cavalcanti, já havia informado, durante evento em São Paulo, que a instituição estava finalizando os detalhes do Prorenova 2015. Ainda assim, o programa chega com atraso em relação ao ano passado. O mesmo também ocorreu com a linha para estocagem de etanol, de R$ 2 bilhões, que só foi aprovado no fim de agosto, o que reduziu o interesse do setor sucroenergético pelos recursos.

Ontem, Cavalcanti esteve na Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), onde apresentou detalhes do Prorenova 2015. Conforme dados do BNDES, entre 2012 e 2014 o Prorenova contribuiu para a renovação de 1 milhão de hectares de canaviais. O banco também financiou a armazenagem de 2 bilhões de litros de etanol. No total, o desembolso da instituição para o setor sucroenergético foi de R$ 7,66 bilhões nesses três anos.