A receita com exportações de boi bateram novo recorde em setembro, graças ao dólar valorizado e o aumento do volume embarcado. A constatação é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.
No mês passado, a arrecadação com vendas ao exterior somou US$ 1,703 bilhão no mês passado, um aumento de 20% em relação ao obtido em agosto, que até então era o patamar recorde. Em relação a setembro de 2014, a receita cresceu 65%.
De acordo com os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os frigoríficos brasileiros exportaram 96 mil toneladas de carne bovina in natura, o maior volume deste ano, superando em 7,5% o volume de agosto e em 6,2% o de setembro do ano passado.
No mercado físico de boi, o ritmo de negócios segue lento, especialmente em função da baixa oferta de animais para abate. Na semana terminada na quarta, dia 7, o Indicador do boi gordo Esalq/BM&FBovespa teve aumento de 1,5%, a R$ 146,80.
Ontem, dia 7, houve reajustes em 15 das 31 praças pecuárias pesquisadas pela Scot Consultoria, diante da dificuldade de compra. A situação tem acirrado a concorrência entre os frigoríficos e impulsionado as cotações do boi gordo.
– No geral, os preços acima da referência vêm se tornando cada vez mais comuns e estimulam os reajustes das cotações – diz a consultoria.
Em São Paulo, a arroba do boi subiu e está cotada em R$146, à vista, na região de Araçatuba, com ofertas de compra acima desse patamar.
De acordo com a Scot Consultoria, mesmo diante da situação econômica adversa, que fragiliza o consumo de proteínas de maior valor agregado, a disponibilidade enxuta de boiadas tem sido o principal fator de precificação no mercado.