Força-tarefa garante a saúde dos campeões das provas equestres

Exigência de atestado negativo de doenças, atenção ao bem-estar e boa nutrição estão entre cuidados recebidos por cavalos em competições da ABQM

Fonte: Divulgação

Mais de uma centena de profissionais trabalha para garantir a saúde e o bem-estar dos cavalos que competem nas provas da Associação Brasileira de Quarto de Milha (ABQM). São médicos veterinários, técnicos e especialistas em nutrição reunidos em uma verdadeira força-tarefa para garantir que os animais atravessem bem todo o período de provas, que se estendem até o próximo domingo, dia 18, em Avaré (SP).

O competidor Paulo Márcio Pieroni percorreu 600 km desde Minas Gerais até a cidade do interior paulista, trazendo duas éguas. Experiente nos eventos da associação, ele entende bem a obrigatoriedade dos atestados de sanidade. 

– Quando você vai a um evento em que essa sanidade é cobrada, você resguarda todo seu plantel, não só os animais do evento – diz o cavaleiro.

Para evitar o contato dos animais que chegam ao parque onde acontecem as provas com os cavalos que já tiveram a sanidade comprovada, os proprietários têm que apresentar na entrada documentos que atestem resultados negativos para mormo, influenza e anemia infecciosa. 

– Cruzou a porteira, está habilitado pra conviver com outros animais. Se por acaso estiver faltando algum documento, o cavalo não entra no parque, não vai para a pista e não compete –, afirma o veterinário Luís Fernando Maldonado.

– O mormo é uma preocupação no Brasil inteiro. Todos os veterinários estão procurando intensamente o que a gente pode fazer para melhorar essa situação, e a ABQM não poderia agir de forma diferente. A gente tem que proteger ao máximo nosso plantel, ainda mais porque esses animais têm a melhor genética, então o cuidado sanitário é muito intenso para evitar qualquer tipo de problema – informa o superintendente técnico da associação, Daniel Costardi.

Pela primeira vez na história dos eventos oficiais da ABQM, todos os animais competidores trarão um chip, implantando no músculo do pescoço. Fazendo-se a leitura desse chip, os profissionais de saúde comprovam que os animais que entram no parque são os mesmos inscritos para participar das provas.
 
– A gente tem toda informação que temos no study book da ABQM. Com o chip do animal, a gente vincula esse número a todas as informações do animal — a pelagem, o nome, o pai, a mãe… tudo que você pode imaginar está nesse chip -, diz Costardi.. 

Outra exigência da política de bem estar animal da organização é o comprometimento dos criadores com a alimentação adequada dos cavalos. Nas três competições que ainda serão realizadas até domingo, 1.900 animais participam das provas; desses, 1.700 contam com baias individuais, onde recebem refeições reforçadas.

– A alimentação é superimportante. Com uma alimentação superior, balanceada, equilibrada, com certeza o animal vai ter mais nutrientes na hora em que ele precisar gastar. O pessoal também usa suplementos vitamínicos para dar mais energia, porque o animal gasta muita energia –, afirma o veterinário Carlos Schutzer.

Os animais precisam de boa hidratação, feno de qualidade e um bom manejo, já que enfrentam viagens longas e precisam desse reforço para manter seu bom desempenho, diz o gerente técnico de equinos Fábio Roberto de Oliveira.