A atividade econômica da bovinocultura e da cana-de-açúcar apresentou crescimento no primeiro semestre do ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto os setores de algodão, pecuária de leite e soja tiveram recuo.
Os dados fazem parte de um estudo feito pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), que analisou o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) dos cinco setores, tendo como referência a conjuntura econômica do período, com base no desempenho dos elos da cadeia produtiva: insumos, atividade primária (dentro da porteira), agroindústria e serviços (distribuição).
A bovinocultura de corte registrou crescimento de 2,7% na primeira metade do ano, por consequência do aumento do preço da carne, que elevou a renda na atividade primária. A indústria de abates registrou o mesmo cenário.
– A baixa oferta de animais e a recuperação das exportações refletiram as consecutivas altas no preço do boi vivo, que atingiram patamares recordes em toda a cadeia (bezerro, boi gordo e carne bovina) – diz o estudo.
A cadeia da cana-de-açúcar apresentou expansão de 1,71%, puxado por todos os setores, principalmente serviços, resultado do crescimento na produção primária e na indústria.
O estudo mostrou ainda que as cadeias do algodão, da soja e da bovinocultura de leite tiveram quedas de 10,53%, 2,26% e 6,76%, respectivamente.
O PIB do algodão caiu em todos os segmentos, sendo a maior retração observada na produção primária, por conta na queda de preços e de volume produzido.
No caso da soja, apesar do resultado positivo nas áreas de insumos e serviços, houve baixa de 14,32% nos preços em relação a 2014, aliada ao excesso de produção e à alta dos custos com fertilizantes.
Na bovinocultura de leite, a maior retração ocorreu no setor primário, devido à queda da produção do leite cru, além da queda dos preços.