As medidas foram anunciadas pelo Ministério da Agricultura. Enquanto isso, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Abiec, que representa os grandes frigoríficos, preparam um estudo questionando dados de ambientalistas.
De acordo com o ministério, a adesão ao georreferenciamento no Pará vai ser obrigatória. O investimento no sistema será de R$ 1 milhão, e o custo de manutenção por ano, de R$ 2,5 milhões.
Inicialmente, o governo vai cobrir o custo, mas a ideia é que passe a ser dividido entre produtores, frigoríficos e BNDES.
O governo informa que o georreferenciamento vai permitir que os técnicos da Embrapa cruzem dados com as GTAs. Caso seja identificada irregularidade, a fazenda é impedida de comercializar a carne.
Outra mudança está na própria guia: em até dois meses, o documento deverá ser emitido apenas em versão eletrônica. Na maior parte dos Estados, o controle ainda é feito por guias em papel. Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal devem ser os primeiros a adotar a GTA eletrônica.
Para o presidente do Fórum Nacional da Pecuária de Corte, Antenor Nogueira, o novo documento aumenta a eficiência do sistema.
? O produtor vai ter sua senha, e vai poder acessar, inclusive, pelo celular, e emitir de qualquer lugar (a guia). O custo é o mesmo. Então, a única coisa que vai ter é a facilidade para o produtor. Eu acho que isso resolve tudo. Esse é o único documento que mostra a realidade: onde o boi nasceu, para onde ele foi, onde foi engordado, onde foi abatido. Através disso, nós temos condições de mostrar lá fora de onde o boi veio, para onde ele foi, que carne foi produzida e para onde ela foi ? explica.
Ainda segundo Nogueira, a CNA e a Abiec preparam um estudo sobre desmatamento a ser apresentado em até três meses. Segundo ele, a intenção é questionar os dados publicados pela organizacao ambientalista Greenpeace.