O Ministério da Agricultura vai destinar R$ 387 milhões para o programa Leite Saudável. A verba será investida até 2019. Os cinco principais estados produtores vão ser contemplados com iniciativas que buscam fomentar a prática no campo. No Rio Grande do Sul, o investimento vai ser de R$ 6 milhões, aplicado em assistência técnica até dezembro.
O programa é voltado para pecuaristas com produtividade pequena, de 50 a 200 litros de leite por dia. Apenas no Rio Grande do Sul, 18 mil propriedades rurais vão ser contempladas. A intenção é oferecer assistência, com um técnico para cada 30 agricultores.
Assim, a expectativa é aumentar a renda de cada agricultor em até 32%. O programa Leite Saudável também vai investir na regulamentação de pequenas agroindústrias e intensificar programas que buscam a sanidade animal.
“E aí entra a Secretaria de Agricultura aqui do Rio Grande do Sul, de forma conjunta com essa proposta do ministério, para que possamos buscar o controle da brucelose e tuberculose, que também são fatores importantes para a abertura de novos mercados”, diz Ernani Polo, secretário estadual da Agricultura e Pecuária.
A abertura de novos mercados também está entre os objetivos do programa. Atualmente, 60% das exportações brasileiras vão para a Venezuela, em seguida vem a Argélia.
O Ministério da Agricultura quer agora priorizar outros dois mercados: a China, que importa 14% da produção mundial, e a Rússia, responsável por absorver 7% do leite produzido mundialmente. Além destes países, outros 12 estão na lista do ministério.
“Hoje a nossa exportação de leite é de 350 milhões de litros. Em três anos, queremos participar com uma exportação de 1 bilhão de litros de leite. Nós queremos ampliar esses mercados para que, dentro dessa diversidade, a gente possa ter uma garantia da produção e de preço”, diz Caio Rocha, secretário do produtor rural e cooperativismo do Mapa.