O coordenador do Programa Amazônia do Inpe, Dalton Valeriano, disse que os dados estão prontos, serão apresentados ao Serviço Florestal Brasileiro na primeira semana de agosto e em seguida divulgados. O pesquisador apresentou a metodologia do Detex nesta quinta, dia 16, em palestra durante a 61° Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
A resolução do Detex permite a visualização de pequenas estradas abertas e até dos pátios para o armazenamento de toras de madeira no meio das áreas de floresta.
? As informações do Detex servirão de alerta, para mostrar locais que têm grande potencial de desmatamento ? afirmou.
Com o Detex, as áreas de concessão florestal, como a Floresta Nacional do Jamari (PA), serão monitoradas periodicamente para mostrar se a exploração está seguindo os planos de manejo aprovados pelo governo na licitação das áreas.
O Inpe organizou os dados de 2007 a 2008 e está mapeando as imagens de 2009. Segundo Valeriano, nos próximos anos, os números do Detex serão divulgados junto com os números do Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), que estima a taxa anual de desmatamento.
Além do Detex, o Inpe também deverá apresentar este ano novos dados do Mapeamento da Degradação Florestal na Amazônia Brasileira (Degrad), que detalha os estágios de desmatamento da floresta. Outro programa de monitoramento, o sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), vai ser aperfeiçoado e ganhar uma nova versão, o Detex-R, com imagens de radar, que, ao contrário dos satélites, conseguem visualizar a floresta mesmo sob cobertura de nuvens.