Aves especiais vão ficar até 13% mais caras na ceia de fim de ano

Custos de produção elevados têm impacto no preço dos “super frangos” criados no Rio Grande do Sul

O setor avícola do Rio Grande do Sul projeta um aumento de até 13% no preço das aves especiais, que tradicionalmente integram a ceia das festas de fim de ano. O motivo é o aumento dos custos de produção e a expectativa das indústrias por uma demanda aquecida.

De acordo com o diretor-executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, o estado tem um dos custos mais elevados do setor de aves em todo o país. Ele estima que o preço médio do quilo deva oscilar entre R$ 8 e R$ 8,50 o quilo, o que representa aumento de 10% a 13% em relação aos valores do ano passado.

A projeção da Asgav é a de que a produção estadual de aves especiais salte de 68 mil para 70 mil toneladas.

“Super frangos”

As aves especiais, ou “super frangos”, caíram no gosto do consumidor deixaram o peru em segundo plano , o que tem estimulado o aumento da produção. Entre os motivos, estariam o fato de sua carne ser mais leve e apresentar maior custo-benefício do que a de peru, afirma o gerente da cooperativa Languiru.

No frigorífico da empresa, em Westfália (RS), a entrega das aves especiais para o Natal e Ano Novo começa no fim de novembro. A expectativa é a de produzir 22 toneladas a mais que no ano passado.

A Languiru exporta 60% de sua produção, mas as aves especiais são destinadas ao mercado gaúcho.