As exportações de ovos in natura e processados apresentaram crescimento por cinco meses consecutivos, favorecidos pela valorização do dólar. A situação, combinada com a baixa oferta interna, elevou os preços no Brasil em até 50% em relação ao ano passado. A análise é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.
Entre janeiro e outubro, foram embarcadas 14,6 mil toneladas de ovos, alta de 74%. Em outubro, foram exportadas 3,14 mil toneladas, aumento de 77,4% e maior volume mensal desde janeiro de 2012.
O principal destino são os Emirados Árabes, participando com 73% (ou 10,7 mil toneladas) do volume total exportado nos dez primeiros meses do ano. Outro mercado que vem ganhando espaço é o japonês, que importou 968,6 toneladas de janeiro a outubro, ante apenas 93 toneladas em igual intervalo de 2014. Em receita, os ovos geraram US$ 18,9 milhões nos dez primeiros meses deste ano, montante 58,8% maior que o obtido em igual período de 2014.
No caso das cotações no mercado interno, o Cepea diz que o forte calor nos últimos meses prejudicou a produção, em termos de quantidade e qualidade, além de elevar a mortalidade de galinhas mais velhas.
Na parcial de novembro (até o dia 25), o preço médio dos ovos tipo extra, branco, a retirar em Bastos (SP), principal região produtora do Brasil, subiu 5,6%, com a caixa com 30 dúzias passando para R$ 66,94 no dia 25 – valorização de 48,5%. Para os ovos vermelhos, o aumento é de 7% ao longo do mês e de 38,6% frente a 25 de novembro do ano passado, com a caixa tendo média de R$ 73,30.