Mesmo depois de a presidente Dilma Rousseff desistir de ir ao Japão pela segunda vez e do cancelamento da viagem da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, o país asiático colocou fim ao embargo à carne termoprocessada brasileira. Segundo nota da pasta comandada por Kátia Abreu, a decisão foi oficializada nesta sexta, dia 4, durante reunião entre a secretária de Relações Internacionais do Agronegócio do ministério brasileiro, Tatiana Palermo, e o vice-ministro para Assuntos Internacionais do Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão (Maff), Hiromitsu Matsushima.
O embargo havia sido decretado em 2012 em decorrência de um caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), também conhecida como doença da vaca louca. “Agora são 100% dos embargos suspensos à carne bovina brasileira no mundo. Confiança e credibilidade são a nossa marca”, disse a ministra Kátia Abreu por meio de nota.
O Ministério da Agricultura informou, ainda, que a conclusão das negociações só foi possível após um parecer favorável do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão atestando a inocuidade dos produtos brasileiros em relação à doença da vaca louca. “Essa análise do MHLW será válida, também, para as negociações de abertura do mercado japonês para a carne bovina in natura brasileira”, explicou a pasta. Com isso, a avaliação dependerá somente do Ministério da Agricultura japonês.
Antes do embargo à carne bovina, em 2012, o Brasil chegou a exportar para Japão 1,55 mil toneladas de carne bovina termoprocessada e extrato, no valor de US$ 8,6 milhões. Em contra partida à decisão do Japão, o Brasil abriu o mercado para a carne bovina japonesa wagyu.