Depois de comemorar resultados bastante positivos em 2014, a suinocultura brasileira precisou “apertar o cinto” em 2015, de acordo com avaliação do Centro de Estudos Avançados em Economia Agrícola (Cepea), da Esalq-USP.
Se, de um lado, a valorização do dólar frente ao real favoreceu a exportação da carne, de outro, elevou os custos de produção – o preço do milho, em especial, teve forte alta, devido às exportações dinamizadas pelo câmbio, reduzindo a disponibilidade doméstica.
Além disso, o nível de preços tanto do vivo quanto da carne mostra que a oferta superou a demanda, mesmo com a carne suína tendo melhorado sua competitividade frente à bovina e de frango, de acordo com pesquisadores do Cepea.
No comparativo anual, o preço pago ao produtor do estado de São Paulo caiu 13,6% e, de Minas Gerais, 10% em termos reais – deflacionados pelo IGP-DI de novembro de 2015.
No mercado atacadista da Grande São Paulo, também do início de janeiro a 21 de dezembro, a carcaça comum suína teve média real de R$ 5,70 por quilo, queda de 13,8% em relação ao valor praticado no ano passado inteiro, de R$ 6,61 por quilo – valores deflacionando-se pelo IPCA de novembro.
A carcaça especial suína, negociada a R$ 6,01 por quilo neste ano, recuou 13,9% no comparativo anual.