Exportações por portos do Arco Norte aumentam 51% de janeiro a novembro deste ano

Embarques de soja e milho pela região atingiram 18,2 milhões de toneladas. Estrutura da região reduz pressão sobre unidades do Sul e do Sudeste

Fonte: Divulgação/ Carla Lima

O escoamento de grãos pelos portos do Arco Norte – Amazonas, Bahia, Maranhão e Pará – cresceu 51% de janeiro a novembro deste ano, em relação ao mesmo período de 2014, segundo o Departamento de Infraestrutura, Logística e Geoconhecimento para o Setor Agropecuário, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A expectativa do ministério é que os quatro estados possam embarcar 25,5 milhões de toneladas em 2016.
 
Os portos que compõem o Arco Norte são os de Itacoatiara (AM), Salvador e Ilhéus (BA), São Luis (MA) e Barcarena e Santarém (PA). De janeiro a novembro, eles embarcaram mais de 18,2 milhões de toneladas de soja e milho, ante 12 milhões de toneladas exportadas em igual período de 2014. 

“Isso mostra que os exportadores estão preferindo a porta de embarque pelo Norte e Nordeste”, diz assessor do Departamento de Infraestrutura, Logística e Geoconhecimento do Mapa, Carlos Alberto Nunes Batista,
 
A estimativa de que a capacidade de exportação do Arco Norte aumente em mais de 40% no próximo ano se baseia em dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A estatal projeta uma colheita de 102,5 milhões de toneladas de soja, com embarques de 72 milhões de toneladas. A empresa também prevê uma safra de 72 milhões de toneladas de milho, com vendas externas de 30 milhões de toneladas.
 
Segundo Batista, a expansão dos portos acima do Paralelo 16º Sul contribui para a redução do custo logístico na exportação. Com isso, haveria menor pressão sobre os portos do Sul e do Sudeste, devido à proximidade com as áreas de grande produção de grãos, como Mato Grosso, afirma o assessor.
 
De acordo com ele, a melhoria da logística de escoamento pelo Arco Norte pode reduzir em quase US$ 50 por tonelada o custo logístico – porteira/porto de embarque –, favorecendo as exportações de milho e soja em larga escala e beneficiando principalmente os produtores situados a cerca de 2 mil quilômetros dos atuais embarcadouros do Sul e do Sudeste.