A safra brasileira de laranjas de 2015/2016 é uma das menores dos últimos anos, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Não bastassem as sucessivas diminuições da área com citrus, a atual produção foi impactada também pela falta de chuva no segundo semestre de 2014.
A menor oferta elevou os preços da laranja. No segmento spot, após anos abaixo dos custos de produção, os valores voltaram a compensar os investimentos dos produtores que podem retomar o interesse pela citricultura. Com o volume reduzido, indústrias paulistas devem moer, até o início de 2016, cerca de 90% da produção paulista e do Triângulo Mineiro, motivando aumentos também dos preços no mercado in natura.
Atentas à menor oferta deste ano, as processadoras adiantaram o fechamento de contratos para o mês de abril – nas safras anteriores, a maioria das aquisições começava no final de maio ou em junho –, mesmo com os estoques de passagem superiores ao esperado inicialmente pelo setor.
Preços
Segundo o Cepea, na parcial da temporada, de julho a dezembro, o preço pago pela laranja pera e tardias pelas processadoras no mercado spot foi de R$ 12,39/caixa de 40,8 kg, colhida e posta na fábrica, aumento de 23,03% em relação à média do segundo semestre de 2014. Os preços superiores nas indústrias também valorizaram a fruta destinada ao mercado de mesa, que conta com menor parcela da safra. No caso da pera, a média de comercialização neste segundo semestre de 2015 (até o dia 23/dezembro) foi de R$ 10,15/cx de 40,8 kg, na árvore, aumento de 22,08% em relação ao segundo semestre de 2014.