Margem de comercialização dos frigoríficos atinge maior patamar de 2015

Carne sem osso reagiu no atacado na última semana de dezembro; mercado de reposição segue lento

Fonte: Divulgação/Pixabay

A margem de comercialização do Equivalente Scot Desossa em relação ao preço pago pelo boi gordo em São Paulo atingiu o maior patamar de 2015 na média de dezembro, até o dia 22. O Equivalente Scot Desossa mede a receita com a venda da carne desossada no atacado, além de couro, sebo, miúdos e subprodutos. A média de dezembro apontou para uma margem de 23,7%, frente a uma média de 18,8% para 2015, até o momento.

A reação da carne sem osso no atacado nesta reta final do ano, somada à situação de estabilidade à leve queda para o boi, observada nas últimas semanas, vem promovendo esta recuperação das margens da indústria.

Recentemente, o mercado do boi gordo retomou a firmeza, com a retração da venda de boiadas pelos produtores.

Reposição

As negociações no mercado de reposição estão lentas. Apesar da chuva mais frequente em relação ao verificado nos últimos meses, ainda há irregularidade em alguns estados produtores, como Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Maranhão, o que faz com que os pastos não estejam plenamente reestabelecidos. Assim, parte dos pecuaristas ainda aguarda para repor os animais.

A lenta movimentação no mercado do boi gordo nos últimos dias é mais um fator de redução do ritmo dos negócios com a reposição nesta reta final de ano. Na média de todos os estados pesquisados pela Scot Consultoria, os machos anelorados tiveram alta de 0,5% nos últimos trinta dias, puxada principalmente pelas categorias mais jovens.

Neste período, os reajustes para o bezerro desmamado (6,0@), garrote (9,5@) e boi magro (12,0@) foram de 0,8%, 0,5% e 0,4%, respectivamente.