Os impactos da forte estiagem no Centro-Sul do Brasil em 2013 e 2014 devem cessar em 2016, com os índices zootécnicos do setor pecuário voltando ao normal e favorecendo alguma recuperação da oferta de animais, conforme análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Ao mesmo tempo, as perspectivas macroeconômicas brasileiras não são das melhores.
Apesar disso, a pecuária bovina de corte pode considerar certa sustentação do consumo de carne por parte dos brasileiros em relação ao visto em 2015, respaldada no hábito consolidado e também no desempenho promissor no mercado externo.
Com a renda menor, a demanda por proteínas mais baratas que a bovina pode aumentar, mas situações passadas e estudos econômicos evidenciam a versatilidade da própria carne bovina para se manter presente nas refeições.
De forma agregada, mesmo com vários indicadores econômicos apontando dificuldades para o consumidor, o volume demandado no país pode se manter em relativo equilíbrio com o do ano que termina. Já para as exportações, fundamentos indicam aumento de volume e de faturamento. Por outro lado, dificuldades enfrentadas por compradores tradicionais, como Rússia e Venezuela, devido aos baixos preços do petróleo, podem restringir os volumes exportados pelo Brasil.