A alta do milho no mercado interno brasileiro tem afetado produtores de aves e suínos de todo o Brasil. Se por um lado produtores estão animados com a possibilidade de conseguir uma boa renda com o grão, por outro, cooperativas e agroindústrias estão bastante preocupadas.
Em Santa Catarina, por exemplo, o preço pago pela saca de milho no sul do estado está em R$ 43, segundo a Associação Catarinense de Avicultura.
O presidente da entidade, Antônio Ribas, explica que o cenário para 2016 não é animador e compromete de maneira definitiva a produção de aves e suínos.
Ele, inclusive, compara o atual momento com aquele de 2012, quando a soja e o milho sofreram uma supervalorização e muitas indústrias quebraram.
Para Ribas, é necessário que o governo faça algum tipo de intervenção no mercado, como leilões.
Quando questionado sobre se substituir a ração seria uma possível solução, Ribas diz que alimentos alternativos, como o sorgo, são influenciados por outros grãos, como a soja e milho. Em decorrência, tendem a subir também.
A previsão da associação é que um animal vivo fique 20% mais caro em relação à 2015 e que, para o consumidor, o preço das carnes tenha uma alta de 6%.