Quatorze contêineres continuam em chamas no Terminal de Cargas do Porto de Santos, na cidade de Guarujá, no litoral paulista. O incêndio começou na tarde desta quinta, dia 14, e atingiu 80 contêineres com diferentes tipos de produtos armazenados pela empresa Localfrio. O acidente espalhou fumaça tóxica pela região. O Corpo de Bombeiros está com 25 carros e dois navios no local. O trabalho envolve 102 homens e 40 brigadistas.
A Defesa Civil informou, no início da tarde, que adotou uma nova estratégia para apagar o incêndio nos contêineres. Cada contêiner é colocado em uma carreta com água, na chamada “técnica de afogamento”. De acordo com o coordenador da Defesa Civil do município, coronel José Roberto, nesta manhã, foi feito um inventário a partir da planta do terminal, que lista os produtos que estavam armazenados na área.
O coronel não soube informar quais tipos de produtos vazaram, mas disse que o acidente começou em um contêiner que armazenava ácido dicloro. Segundo Enedir Rodrigues, engenheiro da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), é possível que uma fissura tenha permitido a entrada de água da chuva, o que provocou a ignição, e o fogo se alastrou. “Uma fissura no tanque é suficiente para essa reação exotérmica”, explicou.
Na noite desta sexta-feira, dia 15, está prevista uma reunião entre representantes dos órgãos que compõem o Gabinete de Gestão de Crise, como a prefeitura, a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros, o Exército, o Cetesb e a Aeronáutica. Uma nova comunicação deve ser feita pelo governo municipal, ainda hoje, com a atualização de pessoas que procuraram os serviços de saúde com queixas de náuseas e de ardência nas vias aéreas, além dos moradores que tiveram que deixar suas casas pelo risco de intoxicação.