O clima mais favorável às lavouras de café arábica tem gerado expectativas positivas quanto à produção e qualidade do grão da safra 2016/2017. Com isso, preços internos e externos da variedade têm sido pressionados. O dólar elevado também influenciou os recentes recuos, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq).
Na primeira dezena de janeiro, o indicador Cepea/Esalq para arábica tipo 6, bebida dura para melhor, esteve firme e chegou a superar os R$ 500/saca de 60 quilos. Desde o dia 11, no entanto, o indicador está em torno dos R$ 482,00/sc, fechando a R$ 475,22/sc nessa quarta, dia 20, e, na parcial do mês, acumula baixa de 4,1%. Conforme o Cepea, as quedas nos preços afastam os vendedores e limitam o ritmo de negócios no Brasil.
A perspectiva de agentes consultados pelo Cepea é que a safra 2016/2017 supere a temporada 2015/2016 que, além de ter sido de bienalidade negativa na maioria das regiões, sofreu com a forte estiagem durante o período de granação. Já a nova safra tem sido beneficiada pelas chuvas, levando agentes e entidades do setor a esperarem volume próximo de 50 milhões de sacas.