? Ela terá um papel de desenvolver pesquisa no longo prazo com foco nas principais espécies e vai coordenar também um programa nacional de desenvolvimento de pesquisa que envolve não só as suas unidades, mas também universidades e outros institutos de pesquisa ? explicou o ministro da Aquicultura e Pesca, Altemir Gregolin.
Autoridades do governo estão analisando e devem anunciar no mês que vem onde será a instalação da Embrapa Aquicultura e Pesca. Além da sede, também serão criadas unidades regionais de olho no desenvolvimento de pesquisas com enfoque em espécies de diferentes localidades do país.
? O enfoque será principalmente na área de água doce, porque o Brasil tem peixes fantásticos que não existem em nenhum lugar do mundo. Pirarucu é um deles. Eu acho que a gente poderia realmente passar a ser uma referência interessante nessa área e existe uma demanda mundial imensa de pescado ? disse o presidente da Embrapa, Pedro Arraes.
? Temos uma série de espécies nativas que já tem mercado internacional são de crescimento muito rápido com boa conversão alimentar e saborosas, o pirarucu da região amazônica chega a 10 quilos num ano. O beijupirá, na costa de Pernambuco, cresce seis quilos num ano, enquanto o salmão produzido no Chile precisa de quatro anos para atingir três quilos ? completou Gregolin.
A produção maior de pescado também será direcionada para o mercado interno. Já que os brasileiros consomem em média apenas sete quilos de peixe por ano, enquanto o recomendado pela Organização Mundial de Saúde é de 12 quilos por habitante/ano. Pensando nisso e de olho na preservação da floresta amazônica, o governo está elaborando um plano de pesca e aqüicultura para a região.
Segundo o ministro, enquanto a produção de gado na Amazônia gera uma lucratividade máxima de mil reais por hectare a cada ano, a produção de peixes chega a R$ 10 mil no mesmo período. A Embrapa pretende realizar concurso público neste ano com a previsão de que sejam contratados 50 pesquisadores especializados na área de aquicultura e pesca.