O município de Cristalina, no leste de Goiás, tem 220 mil hectares destinados para a soja, sendo 57 mil hectares irrigados, a maior área sob pivôs da América Latina. A terra dos cristais, característica da região, dá espaço, cada vez mais, ao agronegócio. A cidade é palco da Abertura Oficial da Colheita da Soja 2015/2016.
Mas a produção agrícola no município e, principalmente da soja, nem sempre foi viável. A expansão das lavouras tomou força a partir da década de 1970, quando um programa do governo federal incentivou o desenvolvimento do Cerrado brasileiro.
– Os gaúchos, catarinenses e paranaenses correram para cá. Essa turma, com o conhecimento que tinha e com a vontade de desenvolver, criou todo este crescimento – lembra o presidente do Sindicato Rural de Cristalina, Alécio Maróstica.
Logo depois desta época, o produtor Luiz Figueiredo chegou ao município. Em 1987, ele saiu do Paraná para desbravar as terras da região. Depois de quase 30 anos, ele é reconhecido por comandar uma propriedade com a produção mais diversificada da região.
– Aqui só tinha formiga e cupim, mas graças a tecnologia, sementes adequadas, correção de solo, a gente conseguiu evoluir. A gente viu que era propicio produzir aqui e a gente queria produzir – exalta Figueiredo, que preside a Associação dos Irrigantes do estado (Irrigo).
Mas Cristalina é uma cidade que vai muito além da produção rural. O município conta também com pontos turísticos e de lazer, como o Balneário de Lajes, uma espécie de clube de águas correntes. Tem também a Pedra do Chapéu, uma estrutura rochosa que parece se equilibrar na natureza.
A igreja de São Sebastião, construída em 1948, é a mais conhecida do município. Dentre todas as atrações, a que mais representa a cidade são os cristais, que dão nome à cidade e carregam certa magia.
– Eu não troco Cristalina por nenhum outro lugar – se declara a empresária Poliana Faria.
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