CMN amplia programa de preços mínimos para agricultura familiar

Medida também define novos preços de garantia para a safra 2009/2010, que vai deste mês até junho do ano que vemO Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quarta, dia 29, resolução que inclui mais cinco produtos no Programa de Garantia de Preço da Agricultura Familiar: babaçu, açaí, borracha natural extrativa, pequi e piaçava. A medida também define novos preços de garantia para a safra 2009/2010, que vai deste mês até junho do ano que vem.

De acordo com o secretário adjunto de Política Agrícola do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, além dos preços mínimos de comercialização para 33 produtos, separadamente, a decisão do CMN também eleva o limite anual do valor de garantia do programa de R$ 3,5 mil para R$ 5 mil por mutuário.

A regulamentação permite, ainda, a aplicação do bônus, no caso de pagamento antecipado da parcela das operações de crédito rural, desde que a antecipação não seja superior a 60 dias da data do vencimento e ocorra após o início do período de colheita do produto financiado. Não vale em operações de financiamento; só quando se tratar de crédito de custeio.

O CMN também alterou a regra de definição de taxas de juros para operações de investimento no âmbito do Pronaf. Isso porque o Ministério do Desenvolvimento Agrário informou a existência de dificuldades para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apure o saldo devedor da agricultura familiar na safra anterior.

Por isso, o CMN definiu que as operações de investimento contratadas até 30 de junho ainda não serão computadas na definição da taxa efetiva de juros das novas operações de investimento do Pronaf. O pequeno agricultor poderá contratar novos financiamentos antes mesmo de prestar contas sobre contratações pendentes de crédito agrícola.

Em outra decisão, o CMN aprovou proposta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para criação de linha especial de crédito destinada à comercialização de maçã, pêssego, manga, goiaba, maracujá e abacaxi, com base em valores mínimos de referência, definidos por quilo.

O objetivo, segundo Bittencourt, é dar mais liquidez aos agentes envolvidos no processamento, beneficiamento e carregamento dos estoques dessas frutas e, com isso, incentivar a agroindustrialização do setor frutícola.