A autoridade sanitária russa, Rosselkhoznadzor, decretou restrição temporária às importações de soja e milho provenientes dos Estados Unidos, de acordo com informação publicada no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As restrições começam a vigorar a partir da próxima segunda-feira, dia 15. A autoridade russa alega razões fitossanitárias. Entre elas, o risco de pragas e, no caso específico da soja, de entrada de organismos geneticamente modificados não autorizados.
O ministro da Agricultura da Rússia, Aleksander Tkatchev, afirmou à imprensa local que pretende substituir as importações norte-americanas de soja e milho pelas de países da América Latina, entre eles o Brasil, que é o segundo maior produtor e exportador mundial de soja.
Em 2014, a Rússia importou um total de US$ 1,14 bilhão (2 milhões de toneladas) de soja em grãos, dos quais US$ 215 milhões (390 mil toneladas) foram adquiridas dos EUA, o terceiro maior país exportador de soja em grãos para o mercado russo. O principal fornecedor foi o Paraguai (US$ 533 milhões/965 mil toneladas), seguido do Brasil, que exportou US$ 312 milhões (516 mil toneladas).
O mercado de milho é significativamente menor. Em 2014, a Rússia importou 6.000 toneladas, totalizando US$ 5 milhões. Grande parte foi proveniente dos EUA, que exportaram US$ 4 milhões (4 mil toneladas) para os russos.