O encontro serviu para que as empresas prestassem os primeiros esclarecimentos. As duas cooperativas reafirmaram que o leite foi testado em todo o processo, desde a saída da propriedade rural até a chegada à indústria, e teve resultado negativo para substâncias proibidas. As duas empresas afirmam também, que os laboratórios utilizados para os testes são credenciados pelo Mapa e questionaram o método usado pela fiscalização para chegar ao resultado positivo para álcool etílico.
O promotor de Defesa do Consumidor do Ministério Público gaúcho Alcindo Bastos, afirma que houve fraude, mas acredita que não partiu das indústrias. Ele não descarta a possibilidade de envolvimento de produtores e transportadores na adulteração do produto. Bastos diz que os testes oficiais são mais precisos e confiáveis do que os feitos pela indústria, mesmo quando feitos em laboratórios credenciados. A hipótese de boicote já foi descartada pelo Ministério Público.
Em 20 dias, as cooperativas devem entregar ao Ministério Público documentos que possam ajudar na investigação, como planilhas com quantidades de lotes comercializados e informações sobre os produtores rurais. Um nova reunião deverá ser marcada dentro de um mês.