A baixa oferta de boiadas está dificultando a formação das escalas das indústrias paulistas. Nas últimas semanas, as escalas estão atendendo em torno de três a quatro dias, muitas vezes com falhas e redução do volume de abate. Conforme a Scot Consultoria, no entanto, a recente desvalorização em algumas regiões produtoras evidencia a pressão dos frigoríficos sobre as compras.
A atitude é uma tentativa de recuperar a margem de comercialização, que teve significativa queda este ano. A lentidão no escoamento de carne no atacado, associada às recentes valorizações da arroba do boi gordo, são apontadas pela consultoria como motivos para este quadro.
Para os próximos dias, existe uma perspectiva de aumento no consumo de carne devido à entrada do mês e proximidade com o pagamento dos salários. Contudo, o momento é de cautela. A situação econômica do país não tem permitido incrementos significativos no consumo, alerta a Scot.
“De qualquer maneira, a oferta de bovinos terminados não deverá melhorar em curto prazo”, reforça a consultoria.