O faturamento caiu 7,7%, as horas trabalhadas tiveram diminuição de 8,4%, e o emprego de 2,8%. De acordo com a CNI, apesar do resultado negativo, junho sinalizou recuperação do setor. Na comparação com o mês de maio, o faturamento subiu 1,6 %, tornando este o segundo mês consecutivo de crescimento. Mas em relação ao ano passado, a variação continua negativa, em 5,8%. Mesmo assim, a entidade acredita em um segundo semestre melhor para a indústria.
? O segundo semestre é geralmente mais forte até pelas vendas de fim de ano, então tradicionalmente já tem uma recuperação, e pelos sinais que a gente está notando parece que os efeitos da crise estão realmente acabando ? comenta o gerente executivo da unidade de pesquisa da CNI, Renato da Fonseca.
Apesar do otimismo, a média de utilização da capacidade industrial instalada no primeiro semestre foi de quase 79%, patamar abaixo do registrado nos últimos cinco anos. Além disso, o uso do parque fabril em junho caiu 3,8% em relação a setembro, quando começou a fase mais grave da crise. A previsão também é de continuidade na queda das exportações. Para a CNI, preços e demanda internacional em baixa indicam que a recuperação da indústria deve ser estimulada pelo mercado interno.