Os citricultores com frutas precoces em condição de comercialização já vêm adiantando a colheita, visando aproveitar os preços atuais, que são considerados atrativos. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), como o ritmo de processamento industrial é reduzido, a venda das precoces para o mercado in natura auxilia na manutenção do fluxo de caixa das fazendas.
As principais variedades que estão sendo comercializadas são a hamlin, westin e lima. Na média desta semana (segunda, dia 14, a quinta-feira), a hamlin tem média de R$ 14,68/cx de 40,8 kg, na árvore, queda de 4% em relação à semana passada. A westin é comercializada à média de R$ 14,96/cx, retração de 1%. Pressionada pelo início da colheita da lima sorocaba – até então, prevalecia a colheita da lima verde, a média da laranja lima nesta semana está em R$ 22,29/cx, queda de 10% em relação à semana passada.
Outra fruta cítrica que começou a ser comercializada nos últimos dias é a tangerina poncã. No início deste mês, principalmente frutas mineiras abasteciam o mercado paulista, mas, agora, cresce a oferta da poncã do próprio estado. O preço médio desta semana está em R$ 49,54/cx de 27 kg, o segundo maior patamar real de toda a série do Cepea (valores atualizados pelo IPCA de jan/16), iniciada em 1996.
A oferta de laranja pera também continua baixa, principalmente de frutas de qualidade. Apesar disso, agentes comentam que o preço pode começar a cair nos próximos dias por conta da entrada das laranjas precoces. Na parcial da semana (segunda a quinta-feira), a pera tem média de R$ 22,69/cx de 40,8 kg, na árvore, ligeira alta de 0,4% ante a semana passada.