Com o aumento da demanda motivado pelo feriado da Semana Santa, o preço do pescado subiu. No Distrito Federal, os valores cobrados sofreram reajustes de até 20%. E essa é uma tendência que acompanha o mercado no resto do país.
Segundo o Ministério da Agricultura, a aquicultura nacional está entre as atividades que mais avançam no país. O crescimento da atividade chega a 25% ao ano. Mesmo assim, o consumo interno é maior do que a oferta, o que leva à importação de pescado. Políticas públicas do governo federal vêm incentivando o setor a aumentar a produção nacional com preços competitivos.
“Estimamos para 2016 um crescimento da ordem de 25%, em torno de 170 mil toneladas, de acréscimo na produção brasileira, mas há uma demanda muito grande. Temos uma perspectiva de que, nos próximos 5 anos, podemos chegar a 2 milhões de toneladas”, diz Cléberson Carneiro Zavaski, diretor de aquicultura do Mapa.
No Distrito Federal e no entorno, a produção de peixes em tanques vem crescendo, em média, 5% ao ano. Em Brasília, o consumo de peixe é de 13 quilos ao ano por pessoa, quase o dobro da média nacional. Números que estimulam novos negócios no setor.
Notícias Relacionadas
“A gente percebe a tendência no nosso número de associados. Começamos em 2011 com 45. Hoje nós somos 203, e esse número vem crescendo sempre”, afirma Francisco Baia, presidente da Haja Peixe – Associação de Aquicultura e Pescados Artesanais do Distrito Federal.
Apesar de na Semana Santa o preço do pescado fica mais salgado, o consumidor não deixa de comprar, mas reclama.
“Eu acho que é alto, principalmente porque nós estamos distante das áreas litorâneas. Se o preço fosse menor, scho que eu consumiria mais”, diz a professora Vilma Lemos de Oliveira Ferreto. “Para mim, está meio salgado. Aí fica difícil pra gente comer aquele peixinho”, completa o aposentado Jair Rosa da Costa.
