No Rio Grande do Sul, a chuva prejudicou o trabalho no campo e a colheita da soja está atrasada. Apesar disso, a expectativa é que o estado acompanhe o Brasil na safra recorde e colha 16 milhões de toneladas do grão. O produtor Arnei Bartz conta que em Camaquã, região sul do estado, a colheita está praticamente parada, aumentando o custo de produção.
O sojicultor diz que dedicou 350 hectares à soja, mas precisou replantar 110 hectares. Bartz diz que espera colher 50 sacas por hectare, e estima quebra de 10% na produção.
De acordo com o analista da Safras&Mercado Luiz Gutierrez, apesar da quebra estimada na região, o estado deve atingir a maior safra de soja da história. “Esse ano, o Rio Grande do Sul vai colher uma super safra de novo. Apesar de alguns problemas de clima que atrasaram o plantio, e algum excesso de umidade, estamos tendo boas produtividades, acima do esperado na colheita. Teremos uma área maior do que a do ano passado, assim vamos ter uma super safra de novamente, se aproximando de 16 milhões de toneladas”, diz.
O presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do estado (Fecoagro/RS), Paulo Pires, relata que a procura por cooperativas agropecuárias para armazenar o grão também cresceu nesta safra. Cerca de 7,200 mil toneladas, quase metade do volume colhido no estado, devem ser armazenadas.
“Foram investidos mais de R$ 210 milhões em 2015 em modernização para atender a necessidade do produtor”, conclui.