Governo entra com ação no Supremo para anular processo de impeachment

Advocacia-Geral da União alega que direito de defesa da presidente Dilma foi violado durante o processo, levando em consideração acusações que não foram aceitas pela Câmara

Fonte: Roberto Stuckert Filho/Agência Brasil

A Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou nesta quinta, dia 14, um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Corte anule o pedido de impeachment de Dilma Rousseff, que tramita na Câmara dos Deputados. Neste domingo, dia 17, os deputados federais irão votar sobre o parecer a favor da abertura do processo contra a presidente. 

Segundo a AGU, há vícios que violam os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Para a AGU, o direito de defesa da presidente Dilma Rousseff foi violado durante o processo. A advocacia argumenta que o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) levou em consideração acusações que não foram aceitas pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). 

“A comissão não intimou a defesa da presidenta e não permitiu a participação do advogado-geral da União substituto, Fernando Albuquerque, em sessão de esclarecimentos”, diz a AGU.

“Como se não bastasse, em relevantes oportunidades foi negada a efetiva participação dos defensores da impetrante, o que acabou por fulminar a possibilidade de a defesa influenciar nos debates, impedindo que se demonstrassem, no momento adequado, os diversos equívocos que estavam sendo perpetrados”, diz documento da AGU.