? Apenas dois anos e quatro meses após o plantio, unidades de São Lourenço do Oeste, Campo Erê e Campos Novos e as unidades demonstrativas de Caçador e Catanduvas fizeram a primeira colheita no início do ano ? comemora o coordenador do projeto de oliveiras da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), engenheiro florestal Dorli Mário da Croce.
O objetivo do trabalho, realizado pela Epagri, através do Centro de Pesquisa para a Agricultura Familiar (Cepaf), é encontrar variedades que possam ser cultivadas pelos pequenos agricultores para a produção de conserva e azeite de oliva.
? Há variedades promissoras, com frutos de ótima qualidade, e os estudos com o azeite tiveram bons resultados ? destaca Dorli.
As oliveiras foram plantadas em 18 unidades de pesquisa e duas unidades de observação distribuídas pelo Estado.
? Temos árvores em frutificação em São Lourenço do Oeste, Campo Erê, Chapecó, Caçador, Campos Novos, Ituporanga e Rio dos Cedros. Há outras regiões promissoras, com tendência de floração e frutificação mais tardias, como Canoinhas e Urussanga ? conta o pesquisador.
Das 35 variedades em teste, algumas não se adaptaram às condições do Estado pela ocorrência de geada, neve ou umidade. De acordo com Dorli, onde as chuvas são bem distribuídas, a chance de sucesso é maior.
?Já em regiões onde há alta umidade do ar e precipitações elevadas em algumas épocas do ano, principalmente no período de floração, o resultado pode ser prejudicado ? conta.
O Brasil gasta US$ 250 milhões por ano com importação de derivados da oliveira. Os pesquisadores acreditam que, se a olivicultura for comercialmente viável, o abastecimento do mercado interno pode se tornar uma alternativa de renda para as famílias rurais do Estado.
? Apesar dos resultados, ainda é cedo para indicar uma variedade para ser plantada nas propriedades. As recomendações de cultivares devem levar de dois a três anos para serem conclusivas ? diz Dorli.