O feijão-caupi, ou feijão-de-corda, está se tornando uma alternativa para a segunda safra. Por ter um custo de produção mais baixo e, principalmente, pela adaptação ao clima mais seco. Hoje, o cultivo está em pouco mais de um milhão de hectares no país, mas o setor pretende dobrar a produção em cinco anos.
O Brasil produz 100 mil toneladas de feijão caupi por ano. Praticamente tudo é exportado. A intenção do setor é dobrar a produção em cinco anos. O engenheiro agrônomo Leandro Lodéa aposta na entrada de novas cultivares, adaptadas para a região Centro-Oeste.
“São vários tipos de grãos e com melhoramento genetico que a Embrapa vem fazendo. Tem varias cutlivares pra ser lançada e isso vai possivelmente entrar no mercado europeu, com valor mais agregado, que consegue remunerar melhor o agricultor”, afirma.
Mato Grosso, Bahia e Goiás são os principais produtores do feijão-caupi. Além disso, a cultura está avançando pelo Distrito Federal e já chega a estados do Norte, como Tocantins e Pará. A principal vantagem, que conquista os agricultores, é a resistência a seca.
No ano passado, o produtor Vitório Cenci plantou 30 hectares da variedade. Nesta safra, subiu pra 90, depois que ele perdeu a janela do milho safrinha. Além do preço pago ser de até 70% do feijão comum, o custo de produção é mais um atrativo. Ele gasta menos pra produzir o feijão-caupi do que o milho ou sorgo, que são as opções para a segunda safra.
Para quem produz:
O Congresso Nacional de Feijão-Caupi está com inscrições abertas. O evento acontece entre 07 e 10 de junho, em Sorriso (MT). As inscrições já podem ser feitas no site: www.conac2016.com.br