PP vai comandar Comissão de Agricultura na Câmara

Luis Carlos Heinze (RS), Afonso Hamm (RS) e Dilceu Sperafico (PR) são os nomes de peso da bancada ruralista que entraram na disputa

Quase três meses depois de iniciar o ano legislativo, a Câmara dos Deputados definiu nessa quinta-feira, 28 de abril, a divisão das comissões permanentes entre partidos. O PP (Partido Progressista) vai presidir a Comissão de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural este ano. Basta agora saber quem será o presidente. Nomes de peso da bancada ruralista aparecem na disputa: Luis Carlos Heinze (RS), Afonso Hamm (RS) e Dilceu Sperafico (PR).

Dois deles, aliás, já presidiram a comissão. Heinze em 2000 e Sperafico em 1998. Esse fato faz nomes perderem força, segundo o deputado Jerônimo Goergen (PP/RS). Ele era outro parlamentar cotado para o cargo, mas, como preferiu integrar a comissão do impeachment recentemente, vai ficar fora dessa disputa. Disputa que, segundo ele, deve ser amigável e consensual. Ele afirmou que a bancada quer construir um acordo em torno do nome com intuito de que outros deputados, que ainda não ocuparam as mesas diretoras das comissões, possam ganhar espaço na Câmara.

Com isso, ele aposta que Lázaro Botelho, de Tocantins, é o nome mais forte para assumir a presidência da Comissão na semana que vem. A definição cabe ao líder Aguinaldo Ribeiro, da Paraíba, ex-ministro do governo Dilma Rousseff. Atualmente, Irajá Abreu (PSD/TO), filho da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, é o presidente.

Outros nomes menos influentes no meio agropecuário também estão cotados para assumir o cargo: a deputada Conceição Sampaio (AM) e o deputado Adail Carneiro (CE).

Até a próxima segunda-feira, dia 2 de maio, os líderes partidários devem decidir e indicar os deputados que vão presidir cada comissão. Na terça-feira, 03, deve ocorrer a eleição e o início do funcionamento delas. Até agora, apenas comissões especiais e CPIs funcionaram.

O atraso se deu pela tramitação do impeachment pela Casa. Os 25 colegiados permanentes (e outros dois que foram criados após aprovação de projeto no Plenário nessa quarta-feira) ficaram inativos, sem realizar votações de projetos de lei ou audiências públicas.