? O México deverá caminhar rapidamente para uma mistura de até 10% de etanol na sua gasolina. A experiência brasileira poderá contribuir para esse processo ? afirmou o presidente mexicano a um grupo de executivos e representantes do setor sucroenergético.
Ele manifestou ainda interesse em ampliar a exportação de etanol mexicano para os Estados Unidos, o que poderia ser feito sem a imposição de tarifas de importação pelos americanos devido à participação dos dois países no Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), que também inclui o Canadá.
Para o presidente da Unica, Marcos Jank, o Brasil já possui grande experiência na produção de etanol e pode compartilhar, transferir ou mesmo adaptar este conhecimento às necessidades de outros países da América Latina.
? Sabemos que o continente tem vantagens comparativas e competitivas na produção do etanol. A missão técnica entre Brasil e México pode representar um esforço conjunto de cooperação, para aumentar a segurança energética do hemisfério ? avaliou.
Durante o encontro, a ministra de Energia do México confirmou que até 2011 o governo vai estabelecer um programa de adoção da mistura de 2% de etanol à gasolina (E2) na província de Guadalajara. Também presente à reunião, a diretora Executiva Nacional do Partido Revolucionário Institucional (PRI), Beatriz Rangel, manifestou grande interesse na ampliação da produção de etanol para uso doméstico e também para exportação para os EUA. Ela destacou a disponibilidade de terras para investimentos dessa natureza no país, bem como a forte vocação de diversas regiões para o plantio de cana-de-açúcar.