Confinadores estão receosos de investir na engorda de bois no cocho este ano por causa do alto preço dos insumos – principalmente do milho, que está 85% mais caro em relação a um ano atrás. A informação é do Centro de Estudos e Pesquisas em Economia Aplicada (Cepea), com base em operadores do mercado pecuário.
Segundo o Cepea, considerando-se a média das regiões acompanhadas, atualmente há a pior relação de troca da arroba do boi gordo por saca de milho desde março de 2013.
Além disso, “o posicionamento do pecuarista de engorda/confinador resulta em mais dúvidas quanto à oferta de animais para abate no curto e médio prazos”, menciona o boletim.
Neste contexto, na BM&FBovespa, os ajustes do contrato para outubro de 2016 têm oscilado com força nos últimos dias. Na terça-feira passada, dia 3, esse contrato era negociado na casa dos R$ 163 e, nesta terça, dia 10, saltou para R$ 166,02. “Além da disponibilidade de animais para abate, agentes estão atentos ao ritmo das exportações nos próximos meses e aos possíveis impactos sobre os preços internos”, diz o Cepea.
Os demais vencimentos na BM&FBovespa também vêm oscilando, mas estão acima dos valores negociados no físico atual (Indicador do boi gordo Esalq/BM&FBovespa). Na terça, o vencimento julho/16 fechou a R$ 158,52, ajuste que está 3% acima do Indicador; setembro/16 fechou a R$ 163,25/@, 5,8% superior. Outubro de 2016 é negociado 7,3% acima do Indicador.