A área de trigo no Paraná deve ter redução de 14% na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), o estado deve ter uma produção de 3,5 milhões de toneladas cultivadas em 1,15 milhão de hectares.
Entre os principais motivos para a diminuição de área estão a baixa remuneração do cereal e a possibilidade de rentabilidade maior com o cultivo do milho. Na visão do analista do Deral Hugo Godinho, os produtores do norte e do oeste do estado são os que mais devem investir no milho, já que no sul do estado há mais riscos climáticos de se plantar o grão.
Outro ponto destacado é que, apesar de os preços do trigo estarem 20% mais altos na comparação com a safra passada, os custos de produção aumentaram em igual proporção, o que desestimula a semeadura.
O plantio de trigo iniciou a passos lentos, no entanto, nas últimas semanas a semeadura no estado avançou expressivamente, atingindo 47% da área. “Choveu o suficiente para deixar o solo úmido e muitos produtores resolveram acelerar o plantio do trigo nos últimos dias”, diz Godinho.
A expectativa é que com a entrada do fenômeno La niña, a produção de trigo se beneficie, já que tradicionalmente há registros de temperaturas mais baixas, menos entrada de frentes frias e uma colheita com tempo seco.