Durante entrevista para o jornal Valor Econômico, nesta sexta feira, dia 20, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, descartou a possibilidade de revogar decretos de demarcação indígena feitos durante o governo Dilma. Essa notícia preocupou a cadeia produtiva afetada pelas demarcações, principalmente a região sudoeste de Mato Grosso do Sul.
Segundo o Sindicato Rural de Dourados, além do município, a área demarcada engloba também parte das cidades de Carapó e Amambai com cerca de 56 mil hectares. Se nada for feito a respeito, 90 produtores rurais podem ser afetados, como é o caso do Rodrigo Pereira de Oliveira, que tem uma propriedade em Dourados.
A Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul) apoia a revogação das áreas demarcadas. Segundo o assessor jurídico da entidade, Gustavo Passarelli, a Famasul está fazendo o possível para reverter a situação.
Na última terça feira, dia 17, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Marcos Montes disse, durante reunião com o ministro Blairo Maggi, que as discussões sobre o tema continuam e que uma das principais pautas da frente é cancelar os decretos.